POR QUE NÃO PEDIRAM A EVANS?

“É 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦 𝘢𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤ê𝘴𝘴𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘯𝘰 𝘱𝘢𝘭𝘤𝘰 𝘯𝘰 𝘮𝘦𝘪𝘰 𝘥𝘰 𝘴𝘦𝘨𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘢𝘵𝘰 𝘦 𝘯ã𝘰 𝘵𝘪𝘷é𝘴𝘴𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘯𝘦𝘯𝘩𝘶𝘮 𝘱𝘢𝘱𝘦𝘭 𝘦𝘮 𝘢𝘣𝘴𝘰𝘭𝘶𝘵𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘳𝘱𝘳𝘦𝘵𝘢𝘳, 𝘮𝘢𝘴 𝘱𝘳𝘦𝘤𝘪𝘴á𝘴𝘴𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘪𝘮𝘱𝘳𝘰𝘷𝘪𝘴𝘢𝘳, 𝘦 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘰𝘳𝘯𝘢 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘵ã𝘰 𝘪𝘯𝘤𝘳𝘪𝘷𝘦𝘭𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘥𝘪𝘧í𝘤𝘪𝘭 é 𝘲𝘶𝘦 𝘯ã𝘰 𝘧𝘢𝘻𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘢 𝘮𝘦𝘯𝘰𝘳 𝘪𝘥𝘦𝘪𝘢 𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘦𝘯𝘤𝘦𝘯𝘢𝘥𝘰 𝘯𝘰 𝘱𝘳𝘪𝘮𝘦𝘪𝘳𝘰 𝘢𝘵𝘰.”
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A frase do jovem Bobby Jones expressa a mesma sensação do leitor que percorre as páginas do enigmático “𝑷𝒐𝒓 𝒒𝒖𝒆 𝒏ã𝒐 𝒑𝒆𝒅𝒊𝒓𝒂𝒎 𝒂 𝑬𝒗𝒂𝒏𝒔?”: 𝘰𝘤𝘶𝘱𝘢𝘳 𝘰 𝘭𝘶𝘨𝘢𝘳 𝘥𝘦 𝘥𝘦𝘵𝘦𝘵𝘪𝘷𝘦 𝘢𝘮𝘢𝘥𝘰𝘳 𝘥𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘵𝘢𝘨𝘰𝘯𝘪𝘴𝘵𝘢 𝘥𝘰 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘰.

O título em forma de pergunta é uma das primeiras iscas de Agatha Christie para atrair o leitor para um de seus mistérios mais intrigantes. A história se desenrola quando Bobby Jones sai em busca de uma bola de golfe caída num penhasco. Lá encontra um homem à beira da morte e escuta uma frase sem sentido, antes do desconhecido morrer: “𝘗𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘯ã𝘰 𝘱𝘦𝘥𝘪𝘳𝘢𝘮 𝘢 𝘌𝘷𝘢𝘯𝘴?”
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Dispondo de uma única pista, uma fotografia de uma linda mulher na carteira do morto, Bobby Jones tenta descobrir se o caso foi algo além de um acidente. Para auxiliá-lo na investigação, o jovem conta com Frances Derwent, uma amiga de infância com quem reencontra em um trem na Inglaterra, no dia seguinte à tragédia.

A cada capítulo, Agatha nos presenteia com desdobramentos e reviravoltas do caso investigado. A química entre a improvável dupla de detetives é infalível, trazendo tons de humor e agilidades nos diálogos, fundamentais ao desenrolar da trama.
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Ao chegar ao centro do enigma, percebe-se como é possível fazer de algo aparentemente simples um mistério complexo e coerente, com todas as explicações apresentadas uma a uma.

Em minha segunda leitura, mesmo sabendo a resposta e lembrando da grande maioria dos detalhes da história, tive a mesma sensação da primeira vez: por que não pensei nisso antes?

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